O Brasil inteiro, as Instituições
públicas, os bolsistas, as bolsistas e os demais sujeitos históricos que atuam
direta ou indiretamente com os Programas de formação docente inicial -Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e o Programa Residência
Pedagógica (PRP) - receberam com muita indignação a notícia sobre os atrasos e
cortes das bolsas.
De acordo com nota do
FORPIBID_RP:
“Segundo nota da CAPES, o
pagamento do mês de setembro ‘será adiado por alguns dias, em virtude da necessidade
de aprovação do Projeto de Lei no 17/2021, para a recomposição orçamentária dos
programas’. Esse problema reflete a política perversa do governo federal de
cortar na carne os recursos da educação e da ciência. O PL, inicialmente
proposto para suplementação do Ministério de Ciência e Tecnologia, foi
redirecionado para outros ministérios, a pedido do ministro da Economia,
enfraquecendo a ciência e educação”.
Atravessamos um momento crítico
e devastador no Brasil, com índices inflacionários altíssimos, com o valor da
cesta básica absurdamente caro nas diversas regiões do país, com o preço do gás
de cozinha chegando a R$ 130,00 em algumas cidades. Vivemos tempos em que a
fome, a miséria bate em nossa porta, mediante a uma conjuntura pandêmica com um
governo protofascista, negacionista, obscurantista, que vem cada vez mais
expandindo os ataques à classe trabalhadora, ao serviço público, às
Instituições públicas, como as Universidades, as escolas públicas, dentre
outras.
É esse contexto que os
bolsistas e as bolsistas dos Programas PIBID e PRP estão enfrentando. As bolsas
desses programas ajudam tais sujeitos a sobreviverem neste momento de pandemia.
Essas bolsas, em que pese o valor irrisório de R$ 400,00, têm ajudado às
famílias dos estudantes e das estudantes que participam destes programas. É
direito de todas e todos receberem suas bolsas e concluírem as atividades dos
respectivos programas com essa bolsa.
O Colégio Brasileiro de
Ciências do Esporte considera que o processo formativo de estudantes das instituições
de ensino superior deve ser assumido com uma responsabilidade muito cara ao
tornar-se professor/a no estado republicano brasileiro. Neste sentido, os
programas do PIBID e PRP permitem um cuidado e uma experiência transformadora
no exercício da docência crítica.
Se algo nos cabe, como entidade
científica que recebe com indignação esse descaso do atraso das bolsas, é
cuidado, responsabilidade e compromisso político para somar-nos às muitas vozes
de resistência e denúncia, exigindo que o governo assuma a sua responsabilidade
com os/as bolsistas e residentes do PIBID e PRP.
Manifestamos nosso total
repúdio contra os atrasos e cortes das bolsas e conclamamos toda a sociedade,
todas as demais entidades científicas e movimentos sociais, coletivos, dentre
outros, a exigirmos o pagamento e manutenção das bolsas e de condições mais
dignas aos estudantes. Em tempo, também exigimos o aumento do valor dessas
bolsas, tendo em vista o conjunto de gastos com alimentação, transporte,
livros, dentre outros, que os estudantes precisam manter durante seus processos
formativos.
Apoiamos as manifestações em
defesa da normalização dos pagamentos e ampliação dos valores das bolsas para
os referidos programas.