“O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa.”
Eduardo Galeano
Escritor uruguaio Eduardo Galeano morreu aos 74 anos
No dia 13 de abril, a América Latina perdeu o escritor uruguaio Eduardo Galeano. Morreu aos 74 anos em Montevidéu. O autor é uma das principais referências para a esquerda da América Latina e do mundo.
Nascido em Montevidéu no dia 3 de setembro de 1940, Eduardo Galeano começou muito jovem no jornalismo e nos mais variados gêneros literários como o ensaio, a poesia e a narrativa. Publicou mais de 30 livros, quase todos traduzidos no Brasil. Ele é autor da obra "As veias abertas da América Latina", e como amante do futebol, publicou “Futebol ao sol e à sombra”, editado no Brasil em 1995. Segundo o periódico Carta Capital, Galeano defendia o carinho com que um jogador tratava a bola, “contra a política e o dinheiro que o fazem regredir.” Naturalmente, consagra ao heroísmo da conquista do campeonato mundial por seu país, em 1950, ao perfilar o místico capitão da seleção uruguaia no Maracanazo, Obdulio Varela. Mas, com a mesma poesia eletrizante ele enaltecia todos os grandes, como Pelé, Garrincha, Zico a Maradona.
Durante o golpe militar no Uruguai, foi fortemente oprimido, e em 1973, Galeano foi preso. Posteriormente, exila-se na Argentina, e pouco mais adiante na Espanha. Ele só voltaria ao Uruguai em 1985, quando ocorre a redemocratização. Onde viveu em Montevidéu até sua morte.
O CBCE lamenta esta grande perda, e convida os irmãos latino-americanos para um debate internacional sobre o Esporte e as sociedades de nosso continente.